sábado, 31 de maio de 2014

Ambiguidade e cacófato


Ambiguidade, ou anfibologia, refere-se à duplicidade de sentido em uma construção sintática, ou seja, a frase pode ser interpretada de mais de uma maneira. Um exemplo de ambiguidade pode ser observado em uma manchete de um site esportivo. O lateral Ruy Cabeção, após se desligar do Mixto, procurava um novo clube pelo qual jogar utilizando-se, para isto, do Twitter. O site, então postou esta manchete:

“Ruy Cabeção tenta encontrar clube para jogar no twitter”.

Com esta construção, tem-se a impressão de que Ruy Cabeção irá jogar no twitter quando, na verdade, ele estava utilizando a rede social para procurar um novo clube. Para evitar a ambiguidade, a manchete poderia ter sido escrita desta forma:

“Ruy Cabeção tenta encontrar, pelo twitter, um novo clube para jogar”.


Já a cacofonia refere-se ao encontro ou repetição de sons que desagrada ao ouvido, fazendo com que entendamos uma palavra em vez de outra. Um exemplo de cacófato foi a frase dita pela apresentadora Luciana Gimenez ao falar sobre sua mãe, em uma entrevista. Ela quis prestar uma homenagem à mãe, a atriz Vera Gimenez, agradecendo ao fato de a mãe a ter gerado. Então, Luciana soltou está “pérola”:

“Mãe, obrigado por você ter me tido”.

Neste caso, o final da frase nos dá a impressão de que ela usou a palavra “metido”, particípio do verbo “meter”, em vez do pronome “me” e do verbo “ter” no particípio. Para evitar o cacófato, ela poderia ter utilizado a seguinte construção:

“Mãe, obrigado por você ter me gerado”.

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