quarta-feira, 24 de abril de 2013

A insistência de alguns jornalistas em chamar Dilma de “presidenta”

Muitos jornalistas, alguns que até parecem possuir grande conhecimento e erudição, insistem em chamar a “presidente” Dilma Roussef de “presidenta”. Essas pessoas demonstram que, ou não conhecem a Língua Portuguesa ou então se mostram mais preocupados em aderir a essa imbecilidade conhecida como “politicamente correto”.
A Língua Portuguesa classifica os substantivos em dois gêneros: masculino e feminino. Isso faz com que as pessoas cometam o erro de considerar que os gêneros masculino e feminino guardam estreita relação com os sexos masculino e feminino.
Por não possuir um gênero neutro, como algumas línguas possuem, entre elas o Latim, língua da qual a nossa evoluiu, todos os substantivos devem ser classificados em um dos dois gêneros existentes, mesmo aqueles que se referem a objetos inanimados, tais como vaso e Sol (ambos masculinos) e Lua e terra (ambos femininos).
Se analisarmos a língua portuguesa mais detidamente, perceberemos que várias palavras que, teoricamente, seriam masculinas, referem-se a substantivos femininos, e palavras que, teoricamente, seriam femininas, referem-se a substantivos masculinos. Um exemplo é a palavra “testemunha”, teoricamente feminina, mas que é utilizada para ambos os sexos. Ex.: Ela foi testemunha de defesa. / Ele foi testemunha de defesa. (e não ‘testemunho’).
No caso de “presidente”, podemos perceber que palavras que possuem o sufixo ‘ante’ e ‘ente’, por exemplo, referem-se àquele que faz alguma coisa. Exemplo: quem estuda é “estudante”, quem gerencia é “gerente”, quem comanda é “comandante”, e quem preside é “presidente”. Essas palavras são utilizadas tanto para o masculino quanto para o feminino, cabendo aos artigos masculino (o, os) e feminino (a, as) fazer a diferenciação. Ex.: O comandante / A comandante.
Assim, jamais teremos uma “estudanta”, uma “gerenta”, uma “comandanta”. Por que, então, devemos ter uma “presidenta”? Essa imbecilidade chamada ‘politicamente correto’ leva muitas pessoas a cometerem excessos, não apenas em relação à língua portuguesa, como também em outras áreas do conhecimento.

Um comentário:

  1. Concordo plenamentA com essa imbecilidade em falar/chamar "presidenta", mas não creio que isso se encaixe no "politicamente correto", mas num "feminismo disfarçado", que quer aproveitar essa novidade de uma mulher na presidência do país e exaltar o gênero acima das normas gramaticais. Além, claro, de uma manobra política enorme nestes últimos 5 anos.

    ResponderExcluir