Recentemente, em diversas cidades do Brasil, vimos o povo sair às ruas para protestar contra diversos problemas enfrentados pelo nosso país. As manifestações são genuínas, atos de um povo que reconhece seus direitos e deveres e exercita, democraticamente, seus direitos políticos.
Entretanto, alguns dos cartazes levados às ruas deixaram a desejar em relação à língua portuguesa.
Vejamos alguns exemplos, com as devidas correções:
1- No primeiro cartaz, o correto seria: “Ela investe em bola e corrupção. Falta
escola, saúde e educação”. “Investi” é o passado do verbo investir: “Eu
investi meu dinheiro em aplicações”.
No segundo cartaz, o correto seria: “Feliciano, a gente não te esqueceu”. Feliciano é um vocativo (um
chamamento), e deve ser separado por vírgula. Já o termo “agente”, como está no
cartaz, refere-se a uma pessoa que atua em uma agência (agente de saúde, agente
de polícia etc.). O termo “a gente”, embora seja singular, refere-se a “nós” (a
gente = eu + alguém).
2- Aqui, o erro encontra-se no uso do “mais”. O correto
seria: “Eu queria me formar, casar, ter
filhos e ser feliz... mas a violência de São Paulo arrancou isso de mim”. “Mas”
é igual a porém, entretanto, todavia; “mais” indica acréscimo. A vírgula depois
de “filhos” também é desnecessária, já que foi colocado o conectivo “e”.
3- O erro da frase está no uso do verbo “acordar” no
singular, já que o verbo refere-se a “disparos”, que está no plural. O correto
seria: “Foram os disparos em São Paulo
que acordaram o povo em todo o Brasil!”.
Nos próximos dias, exibiremos mais exemplos.
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