segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cartazes de manifestações escorregam no português II

Recentemente, em diversas cidades do Brasil, vimos o povo sair às ruas para protestar contra diversos problemas enfrentados pelo nosso país. As manifestações são genuínas, atos de um povo que reconhece seus direitos e deveres e exercita, democraticamente, seus direitos políticos.
Entretanto, alguns dos cartazes levados às ruas deixaram a desejar em relação à língua portuguesa.

Vejamos alguns exemplos, com as devidas correções:



1- No primeiro cartaz, o correto seria: “Ela investe em bola e corrupção. Falta escola, saúde e educação”. “Investi” é o passado do verbo investir: “Eu investi meu dinheiro em aplicações”.

No segundo cartaz, o correto seria: “Feliciano, a gente não te esqueceu”. Feliciano é um vocativo (um chamamento), e deve ser separado por vírgula. Já o termo “agente”, como está no cartaz, refere-se a uma pessoa que atua em uma agência (agente de saúde, agente de polícia etc.). O termo “a gente”, embora seja singular, refere-se a “nós” (a gente = eu + alguém).      



2- Aqui, o erro encontra-se no uso do “mais”. O correto seria: “Eu queria me formar, casar, ter filhos e ser feliz... mas a violência de São Paulo arrancou isso de mim”. “Mas” é igual a porém, entretanto, todavia; “mais” indica acréscimo. A vírgula depois de “filhos” também é desnecessária, já que foi colocado o conectivo “e”. 



3- O erro da frase está no uso do verbo “acordar” no singular, já que o verbo refere-se a “disparos”, que está no plural. O correto seria: “Foram os disparos em São Paulo que acordaram o povo em todo o Brasil!”.

Nos próximos dias, exibiremos mais exemplos.

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