segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O correto é “chego” ou “chegado”?

Verbos abundantes são aqueles que apresentam mais de uma forma para o particípio, como é o caso dos verbos salvar (salvado e salvo) e aceitar (aceitado e aceito), por exemplo.

Verbos como “chegar” não são abundantes, portanto, apresentam uma única forma para o particípio.

No caso do verbo “chegar”, a forma correta é “chegado”.

Ex.: Eu tinha “chegado” atrasado à festa.
       Eu tinha “chegado” cedo para a prova.

“Chego” é a forma utilizada para a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.

Ex.: Eu sempre “chego” cedo aos meus compromissos.

Obs.: o fato de utilizarmos a primeira pessoa do singular (eu) com o particípio, pode causar a confusão na hora de utilizar o verbo, já que a forma “chego” pertence à primeira pessoa.

Ex.: Eu tinha “chegado” atrasado à festa. (correto)
       Eu tinha “chego” atrasado à festa. (incorreto)
  

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Você já viu um “abantesma”?

Apesar de parecer um pouco estranha e de praticamente não ser usada, “abantesma” refere-se a uma ‘alma de outro mundo’, ou seja, um fantasma.
Outros nomes que são utilizados para referir-se a um fantasma:

- alma
- espírito
- espectro
- aparição
- visagem
- assombração

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

“Mim preparando” ou “me preparando”?

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Outro dia, recebi uma postagem no Facebook que dizia mais ou menos assim: “estou mim preparando para jogar uma pelada...”.

O correto é “mim preparando” ou “me preparando”?

Ambos, “me” e “mim”, são pronomes pessoais do caso oblíquo e, em uma oração, têm a função sintática de objeto ou complemento.
A diferença entre eles é que o pronome “me” completa o sentido de um verbo sem a necessidade de preposição, ao passo que o pronome “mim” necessita de uma preposição para completar o sentido de um verbo.

Ex.: João deu o livro para mim. (deu = verbo; para = preposição; mim = pronome oblíquo)

ou

João me deu o livro. (me = pronome oblíquo; deu = verbo)

Outro exemplo:

Maria pediu para mim.

Maria me pediu.

Nota:

1) o pronome “me”, geralmente, vem antes do verbo (me pediu, me deu, me falou). Quando vem depois do verbo, utiliza-se ‘hífen’ (pediu-me, deu-me, falou-me).

2) o pronome “mim”, é utilizado depois do verbo, antecedido por preposição (pediu a mim, pediu para mim, deu a mim, deu para mim etc.).
      
Desta forma, a construção correta da frase citada no início seria:

“estou me preparando para jogar uma pelada...”

ou

“estou preparando-me para jogar uma pelada...”


sábado, 3 de agosto de 2013

Por que as pessoas não pronunciam o “erre” dos verbos no infinitivo?

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Ultimamente, temos presenciado uma situação que vem se tornando cada vez mais frequente na língua portuguesa: a eliminação da letra “erre” (-r) nos verbos infinitivos.
Na Língua Portuguesa temos três conjugações que se agrupam em conformidade com a terminação do infinitivo:

- verbos da 1ª conjugação, terminados em –ar: cantar, dançar, falar.
- verbos da 2ª conjugação, terminados em –er: beber, comer, correr.
- verbos da 3ª conjugação, terminados em –ir: sair, partir, cair.

Obs.: o verbo “pôr” pertence à 2ª conjugação, uma vez que sua origem latina era “poer” (daí temos poedeira, poente etc.).

O infinitivo é uma das ‘formas nominais’ do verbo, e é usado quando queremos indicar algo de modo vago, impreciso, impessoal. Virá acompanhado de um verbo auxiliar.

Ex: João vai plantar feijão. (vai: verbo auxiliar; plantar: verbo no infinitivo)
      Maria foi visitar uma amiga. (foi: verbo auxiliar; visitar: verbo no infinitivo)

Contudo, o que vemos atualmente é que as pessoas omitem esse “erre” no final do verbo.

Ex.: João vai planta. (pronuncia-se plantá)
       Pedro foi bebe. (pronuncia-se bebê)
       Maria vai come. (pronuncia-se comê)
       Ana vai sai. (pronuncia-se saí)

Mesmo em casos em que não ocorre um verbo, isso acontece. Outro dia, no Facebook, alguém queria saber qual seria o “placa” de um jogo. No caso, ele queria mesmo era saber qual seria o “placar” do jogo. “Placa” é um instrumento de sinalização utilizado no trânsito e em lojas, por exemplo. “Placar” é o resultado de um evento esportivo.

Vemos esse equívoco ser utilizado tanto na linguagem oral quanto escrita. Portanto, cuidado quando pronunciar ou escrever palavras que terminem em –r. Na linguagem oral, muitas vezes soa estranho; na escrita, pode causar confusão para quem lê.