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quinta-feira, 19 de abril de 2012
A censura aos dicionários
terça-feira, 17 de abril de 2012
Haja vista ou haja visto?
Apesar de ser relativamente comum encontrarmos as duas formas, e até mesmo variações como “hajam vista”, “hajam vistas” e “haja vista a”, o correto é “haja vista”, empregada sempre de forma invariável. Assim, o correto seria o seu uso conforme as orações abaixo:
O povo brasileiro não aceita mais a corrupção dos nossos políticos, “haja vista” a alta taxa de abstenção nas últimas eleições.
A inflação não parece estar sob controle, conforme o governo afirma, “haja vista” o aumento no preços dos alimentos.
Obs.: A tendência é utilizar ‘visto’ ao invés de ‘vista’, quando for usada antes de palavras masculinas. Porém, mesmo diante de palavras masculinas e/ou no plural, a expressão permanece invariável.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Olho ou vista?
João sofreu uma perfuração na “vista” direita.
Olho é o órgão responsável pela visão.
Vista é o sentido da visão.
O correto é:
João sofreu uma perfuração no “olho” direito. – o órgão, olho, foi perfurado.
João está mal da vista. – a sua visão, o sentido, não está funcionando corretamente.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
“Virtual” pode ser usado como sinônimo de “provável”?
Ex.: O Real Madrid é o “virtual” campeão espanhol.
A palavra “virtual” está muito associada à informática, como algo que existe apenas dentro de um computador, não tendo existência real. Portanto, quando você quiser dizer que um time está praticamente com o título assegurado, que dificilmente perderá o título, prefira a palavra “provável” em vez de “virtual”.
Assim, a frase do exemplo acima deverá ser:
O Real Madrid é o “provável” campeão espanhol.
domingo, 1 de abril de 2012
Em Língua Portuguesa, o Gênero dos substantivos não representa, necessariamente, o sexo
Algumas línguas têm um terceiro gênero, chamado ‘neutro’, utilizado para coisas inanimadas e que, portanto, não possuem sexo, tais como nuvem, ar, vento etc. Em português, mesmo coisas que não possuem sexo devem ser classificadas em um dos gêneros, masculino ou feminino.
Assim, vaso é classificado como pertencente ao gênero masculino e Lua e classificada como pertencente ao gênero feminino.
Voltando ao caso da “presidenta”, podemos fazer uma analogia com o termo “estudante”.
Um rapaz que estuda é chamado de “estudante”.
Uma moça que estuda é chamada de “estudante”.
Note bem: uma moça que estuda não é chamada de “estudanta”. Os sufixos terminados em “ante” e “ente” referem-se àquele que faz alguma coisa. Quem “comanda” é um(a) “comandante”; quem “estuda” é um(a) “estudante”. E quem “preside” é um(a) “presidente”.
Na Língua Portuguesa temos vários exemplos de palavras que, teoricamente, seriam femininas e que referem-se a seres, teoricamente, do sexo masculino, e vice-versa.
É o caso de “testemunha”.
Ex.: Carlos foi arrolado como “testemunha” do caso.
Ana foi arrolada como “testemunha” do caso.
Ou seja: Gênero não tem, necessariamente, relação com o sexo. Em alguns casos, palavras “femininas” podem ser usadas para se referir a seres do sexo “masculino”, bem como palavras “masculinas” podem ser usadas para se referir a seres do sexo “feminino”.
Quem confunde esse conceito, insistindo em dizer “presidenta”, demonstra que entende muito do chamado “politicamente correto”, mas não entende tanto assim de Língua Portuguesa.